Foi difícil, mas consegui recuperar dois artigos do “Le Monde Diplomatique” (graças à disponibilidade surpreendente da sua Directora, da versão portuguesa), que tinham ficado na minha memória desde 2003. Acho que vale, muito, a pena ler cada um e reflectir…
1.
“Um indicador de desinserção social”
Por ANNE DAGUERRE e CORINNE NATIVEL
Viagem ao País da Maternidade Precoce
«A sexualidade dos adolescentes não obceca apenas as televisões. Os Estados Unidos aumentam os subsídios públicos aos movimentos que pregam a castidade. São cortados fundos a programas de luta contra a sida em África se não incluírem um programa de incitação à abstinência. Quando o moralismo é o princípio orientador, nunca são a saúde pública e a solidariedade que saem vencedoras. Testemunho disso mesmo são os resultados contrastantes de diferentes formas de prevenção da gravidez precoce…» (
continua… aqui).
2.
Recorde norte-americano
«Segundo a UNICEF, pelo menos 1,25 milhões de adolescentes engravidam por ano nos 28 países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Cerca de meio milhão destas adolescentes interrompem a sua gravidez, enquanto as restantes se tornam jovens mães. A França situa-se abaixo da média dos países da OCDE, pois apenas 4% das mulheres de 20 anos tiveram um filho enquanto adolescentes (a média dos países da OCDE é de 7%). Observam-se nítidas diferenças entre os “resultados” dos países anglo-saxãos, registando-se taxas muito elevadas de gravidezes adolescentes nos Estados Unidos (22%), na Nova Zelândia (14%) e no Reino Unido (13%), enquanto a Suíça (2%), os Países Baixos (3%) e a Suécia (3%) conseguem controlar muito melhor o fenómeno.
Os Países Baixos têm uma das mais baixas taxas de gravidezes precoces do mundo: 8,1% a mil jovens com idades entre os 15 e 19 anos. Em contrapartida, os Estados Unidos apresentam os resultados mais elevados (93%). Também não são negligenciáveis os valores registados no Reino Unido (62,6%) e no Canadá (42,7%).» (
Continua... aqui).
Boa Leitura!...